quarta-feira, 6 de março de 2019

DISPONÍVEL PARA VENDA

Instagram: @wo_011

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Cap. 3 - Não! EU...

Um novo dia, um novo gelo de ter que entrar no ônibus e ter as pessoas me olhando, e o caminho até o armário? Um corredor de olhares incessantes.
Aula de Educação Física, eu gostava sabia jogar queimada, e sabia que entrar para o time seria uma possível porta para uma futura bolsa de estudos.
- Oi meu nome é Vagner- Disse um menino, muito gato.
- Oi Vagner, me chamo Bree, você é do time oficial? Perguntei com um tom de curiosidade mesmo sabendo a resposta.
Após o final da aula e muita conversa com Vagner, era hora de voltar pra casa, era 3 da tarde, estava muito calor. Era uns 30 min. andando até minha casa, então decidi ir a pé mesmo.
Cheguei em casa, tomei um banho e só me lembro de ter deitado na cama. Acordei com minha mãe perguntando se eu queria jantar, apenas fiz um rosnido que claramente dizia que NÃO!
Era sexta-feira, teria uma festa na casa de Anne, minha colega de classe com quem fiz o trabalho e filha da delegada da cidade. Decidi ir, era na rua da minha casa.
Como em toda festa adolescente rolava uma bebida escondida, (ahhh, isso me lembra hábitos antigos). Acho que bebi um ou dois copos de ponche, já estava na cidade iria fazer 2 meses. Acho que já estava na hora de beijar alguém.
Queria Vagner? Um garoto alto, cabelo preto, moreno, e com um abdome trincado? Ou Durt? Branco, olhos azuis, cabelo loiro, e um abdome trincado. Ou Vicc, nerd, de óculos, cabelo pro lado e parecendo um lenhador mirim?
Ah! eu deveria ter confessado no começo, desde a quadra de queimada que estava interessada no Vagner. Decidi sair em procura dele. Perguntei para 3 pessoas que disseram que ele não veio. Até que perguntei pra Anne se ela não havia convidado-o.
- Eu nem o vi hoje! Ele não foi para escola.
Segunda opção, então! pensei comigo mesma.
- Oi, Durt, não tinha te visto sem uniforme ainda. - Disse passando a mão na gola da camisa dele.
- Ah, e nem você de cabelo solto e maquiagem.
Dei um sorriso com meios lábios. E me inclinei para toca-lo. E com um olhar totalmente assustado.
- NÃO! Eu namoro a Anne.

Cap. 2 - Qual motivo de ter se mudado?

Mesmo aceitando com a voz tremula, acho que será ótimo, ainda tenho mais um ano para enfim acabar o colegial, e com amigos tudo fica mais fácil.
Quinta-Feira, depois dessa aula vamos fazer o trabalho, não é muito complicado, porém vou aproveitar pra ficar mais intima deles.
Sim, estamos entrando um uma casa enorme, com um pé direito quase maior que o da escola. Estamos indo para um salão que a própria Anne disse que é o lugar onde apenas os inteligentes entram, acho que foi algum tipo de piada, assim espero.
No decorrer do trabalho conversamos sobre algumas coisas, como por exemplo o motivo de eu ter me mudado.
- Bree? Qual o motivo de você ter se mudado?
Parei por um segundo, entretanto pensei em um milhão de respostas, e decidi dar a que menos me geraria imprevistos futuros:
- Meus pais mudaram de emprego. - Por dentro eu sabia que era mentira, e que não poderia contar o real motivo. não por enquanto.
Já era tarde e decidi ir embora, já que ainda era nova naquela vizinhança, Durt se ofereceu para ir comigo até minha casa, disse que tudo bem.

Estar no meu quarto era o único momento em que eu me sentia segura, menos olhando para os espelhos, sabia que tinha algo em mim que quando refletido neles queria tomar vontade própria.
Meus pais chegaram um pouco depois de mim.
- Como vai querido? - Pergunta minha mãe.
- Mãe, já disse que não sou mais seu querido.- respondo com um pouco de rispidez na voz, como se não aguentasse mais reafirmar a mesma ideia.
- Claro que não é, desculpa. - Disse minha mãe com um tom de desapontamento na voz.

Eu sabia que me mudar as pressas não seria algo fácil, entretanto teria de lidar, acho que grande parte foi culpa minha e meus pais sabiam.

Cap. 1 - O começo

Como escrever isso sem parecer uma idiota?
Bom me chamo Bree e tenho 16 anos, moro em uma cidade do interior dos EUA, já fazia quase 1 mês que havia me mudado, sabe? Tudo novo, escola nova, pessoas novas e no final das contas uma saudade imensa dos meus antigos amigos, mantemos contato mais não é a mesma coisa.
Bom é segunda de manhã e as minhas aulas começariam daqui 2 horas, sabe aquela ansiedade que vai aflorando do estomago para cabeça? Estava assim.
Nada muito novo da minha antiga rotina, me levantei, me arrumei e desci para tomar café, meus pais já haviam saído pra trabalhar, então teria de ir mais rápido para pegar o ônibus. "AHHHH QUE ÓTIMO VOU TER QUE PEGAR ÔNIBUS COM UM BANDO DE JOVENS QUE NÃO CONHEÇO!!!".
Nada de novo, ao entrar no ônibus, todos me olharam como se fossem descobrir quem eu sou.
"To sentada no meio, que ótimo, tem gente atrás de mim, e não consigo nem me mexer".
Esperei todo mundo descer do ônibus, pra só depois descer...
Armário, grade horária, gatinhos, e garotas blaze; CHECK!
Primeira aula, literatura, nada de novo, sentei no fundo da sala, assim evitando os olhares de curiosidade.
Na primeira semana não tive muitas novidades apenas o de sempre, chegar, sentar, assistir aula, levantar e ir embora, alguns comprimentos de apenas um "oi".
Um dos meus medos estava prestes a se concretizar, o famoso "TRABALHO EM GRUPO", tudo bem que já estava a mais de uma semana naquelas sala, mais nada além de um oi.
- Preciso que vocês formem grupos de 4 pessoas, eu disse 4!- A afirmação/pedido do professor foi uma ordem.
Nesse exato momento me sinto como um cubo de gelo, imóvel. Até que sinto uma mão em meu ombro, falando:
- Vamos fazer juntos, nós moramos na mesma rua.- Durt me disse com uma voz muito amigável.
- Claro! - Respondi olhando para Anne, Nicc, e Durt.
- Na minha casa, as 7pm, na quinta- Anne.
- Ok!- respondi com uma certa duvida na minha voz.